Boa noite, gente!

Eu sei que estive bem ausente nesse último mês aqui no blog, mas é que minha vida ultimamente tá uma loucura sem fim. Quando não tenho provas, tenho olimpíadas, trabalhos, projetos... Parece que esse 2014 vai ser toda aquela loucura que prometeu e mais, sabe?

Por isso eu resolvi tomar uma decisão: o Portal dos Livros não vai ser só sobre livros. Quero dizer, eu sei que ele nunca foi só disso mesmo. Eu sempre mesclei alguns posts sobre música e séries, mas agora eu realmente acho que isso seria uma mudança saudável. Não vou mudar o nome dele (não esse ano, ao menos), porque o foco ainda é meus amados e sempre presentes livros, mas vou tentar falar mais sobre outras coisas por aqui. Nem que seja uma coisa boba da moda ou simplesmente algum assunto que eu achei interessante.

Espero que vocês entendam que tomei essa decisão porque eu realmente penso que isso só irá nos aproximar mais. Jamais deixarei de falar sobre livros, porque sou maníaca por eles, mas acho que falar sobre outras coisas só deixará mais gostoso escrever aqui no Portal dos Livros!

Qualquer dúvida, vocês sabem onde sempre podem me encontrar: no Twitter. E se você quiser algo a mais, me mande um email ou confira a página sobre mim e sobre o blog.

Ler um livro com cenas mais quentes não é um costume meu – não é que eu não goste, simplesmente nunca me apareceu um que eu achasse interessante desse tipo. No entanto, ao ler a sinopse de Paixão sem Limites, fiquei bem curiosa com a história, que prometia, além de muita paixão (hahaha, piadista), algum plano de fundo complexo pros nossos protagonistas.

Narrada por Blaire, uma moça com um passado complicado e um presente indefinido, a história aos poucos nos revela alguns detalhes sobre como Blaire se tornou desse jeito. Além disso, temos aquele deus que todas nós queremos que seja só nosso – no caso desse livro, ele atende pelo nome Rush. Bonito demais, metido demais, rico demais. Blaire sabe desde o começo que os dois não se combinam, mas mesmo assim, a atração entre ambos é inegável e, eventualmente, as coisas saem do controle.

A história é bem contada e a narrativa de Blaire, por incrível que pareça, não me foi cansativa ou muito repetitiva. As cenas mais quentes, que já estava bem claro que teríamos no livro, foram bem contadas e, apesar de Abbi não ter poupado nenhum detalhe, nada me pareceu muito vulgar. Claro que, se você não curte de jeito nenhum esse tipo de cena, bem, não é mesmo um livro que eu te recomendaria, mas dá pra ler sem problema algum.

A única coisa que me incomodou foi algumas atitudes de Rush. Sim, nós sabíamos, assim como Blaire, que ele não era coisa boa, mas ele muitas vezes trata a protagonista como se não fosse alguém importante de fato para ele. Eles têm várias idas e vindas, com ele sempre fazendo juras de amor, que, assim que Blaire vira as costas, são quebradas. Isso me irritou, por mais que não fuja do jeito que eu já esperava que Rush fosse.

O desenvolvimento dos protagonistas é bom, mesmo com essas idas e vindas, gostei que aos pouco fomos conhecendo melhor não só eles, mas as pessoas ao redor. Alguns coadjuvantes, como uma amiga que Blaire faz depois que passa a viver com Rush, davam um tom mais engraçado à história.

A história é interessante e tem um desfecho que, ao mesmo tempo em que me irritou muito, me deixou triste e me deixou morrendo de vontade de ler a continuação, já lançada por aqui, chamada Tentação sem Limites

A edição segue o padrão da Editora Arqueiro, sem muitos artifícios, mas com uma revisão boa e sem erros perceptíveis. Aliás, vi que muita gente não curtiu a capa brasileira, mas eu achei bem bonita, principalmente se comparada as dos outros países.

Pra quem curte um livro com muita paixão, um bad boy de nos deixar babando e uma protagonista complicada, Paixão sem Limites é mais do que recomendado.

Autor(a): Abbi Glines
Editora: Arqueiro
Ano: 2012 (original) - 2013 (Brasil)
Páginas: 300 (original) - 192 (Brasil)
Nome original: Fallen Too Far
Coleção: Too Far, #1

Marina Carvalho já provou que sabe escrever um bom romance com Simplesmente Ana, mas é impossível não notar uma grande melhora entre seu livro de estreia e Azul da cor do Mar. Com uma história que prometia muita fofura, diversão e cenas engraçadas, além de uma protagonista legal, eu comecei a ler esse livro já animada e não me decepcionei, mesmo que a história não fuja muito do esperado.

Rafaela, ou simplesmente Rafa, é uma estudante de Jornalismo que consegue um estágio num dos melhores jornais de Minas Gerais. A única pedra em seu sapato, no entanto, é ter como parceiro um cara pra lá de mau-humorado, irritante e chato: Bernardo. No entanto, com a grande convivência, aos poucos os dois se aproximam e é impossível negar a química que existe entre eles, mesmo que Rafa passe grande parte do livro negando – e, apesar disso costumar me irritar, Rafa tem uma narração tão gostosa que cada vez que ela negava, era difícil não dar risada.

Bernardo também é um ótimo personagem, mesmo que tenha todo esse jeito difícil de ser e com uma personalidade mais complicada ainda. Adorei ver como eles aos poucos deixavam suas defesas de lado e abriam um espaço para o que no começo era só amizade, mas depois se torna algo mais. O diferencial nessa história é que Rafa já era meio que apaixonada por alguém antes de conhecer Bernardo. Um menino que anos atrás ela só viu por alguns minutos na praia e usava uma mochila xadrez. Isso acaba trazendo alguma confusão aos sentimentos dela, que muitas vezes se sente em dívida com ele – claro que a gente já tem uma ideia vaga de como as coisas vão acabar, mas não deixa de ser legal ler como irá acontecer.

Outra parte engraçada da história são as melhores amigas da Rafa, também divertidas e sem muita noção. No entanto, elas são umas das primeiras a perceber que o relacionamento de Rafa com Bernardo, apesar de conflituoso, era mais que apenas falta de empatia e, como boas amigas, elas aproveitam cada oportunidade para mostrar a Rafa algo tão óbvio assim.

Eu curti bastante o livro, mesmo que não tenha me surpreendido muito, teve um desenvolvimento e um final bem amarradinhos, o que só me deixa curiosa para ver o que a Marina vai aprontar na próxima – torço, sinceramente, que ela comece a se aventurar por águas menos conhecidas, porque tenho certeza que ela é mais do que capaz de se dar bem em outras áreas também.

P.S.: Em alguns momentos, me lembrei de A Moreninha, do Joaquim Manuel de Macedo. Fui a única?


Autor(a): Marina Carvalho
Editora: Novo Conceito
Ano: 2014 (original)
Páginas: 334 (original)
Nome original: -
Coleção: -